Geralmente nós humanos possuímos o hábito de a todo instante em nossas vidas atribuirmos os problemas em grande escala aos objetos externos e a todos que nos rodeiam. Mas atualmente a situação tem se mostrado diferente, percebo que a humanidade aos poucos está sendo convidada a tomar atitudes inusitadas, levando a repensar, sair do ponto cômodo que está, e a rever sua verdadeira finalidade e objetivos de estar no planeta. Vejo que a atual crise financeira, tem exigido para que se enxergue o lado oculto da forma como é conduzida a energia monetária.
O problema em si não é o dinheiro, mas sim a forma como é conduzido, pois ele é energia neutra, valendo somente a intenção no qual é aplicado. Mas na atual conjuntura planetária percebo que não há mais tempo para que nós humanos tenhamos este entendimento de forma harmônica em relação a esta energia, pois o planeta entrará num momento onde as forças da natureza aos poucos mostrará de forma sábia esta compreensão, o que consequentemente fará com que o a humanidade tire totalmente o foco do poder material e reveja seus aspectos humanos mais profundos. Existem muitos seres de boa vontade propondo uma nova economia, chamada “Economia Solidária”, mas ela não coloca a humanidade em num patamar de igualdade, levando em primeiro lugar os valores da alma, há ainda a necessidade de abandonar o sentimento de posse para que a verdadeira economia exista.
A partir do momento que este sentimento é transcendido, aí poderemos começar uma nova e verdadeira economia. Haverá um momento em que o dinheiro perderá totalmente o seu valor, e o que ditará os valores nesta humanidade serão os valores do coração, e muitas outras virtudes que aflorarão nos seres bem-aventurados que estão a serviço neste planeta, e que tanto esperam por este momento. Muitos já estão sentindo internamente que o caminho será esta nova realidade. Se soltarmos todas nossas amarras ao atual sistema econômico e observarmos os fatos que o permeiam “por cima da montanha”, perceberemos que ele está sendo segurado por alguns palitinhos bem frágeis.
Devemos então preparar nosso espírito para o novo. O novo será a igualdade e a fraternidade, o patamar vindouro. Não há como negarmos o advento do encerramento do ciclo da energia monetária que está por vir. E para nós é um momento muito importante, estamos tendo a oportunidade de rompermos definitivamente nossas amarras para com estas antigas idéias. Se entrarmos numa nova postura de flexibilidade a se adaptar a qualquer instante a um novo patamar, não haverá sofrimento, tudo será muito natural. O fim da energia monetária significará, o começo de uma vida mais essencial e intensa, onde poderemos viver mais integralmente os objetivos da realização como seres espirituais. Partilho então algumas intuições que vieram à minha mente, que poderão se tornar realidade com o advento do encerramento do ciclo da energia monetária:
– Haverá igualdade entre todos os seres. Não haverá mais privilégios e atributos externos advindos das posses individuais.
– O fim da fabricação de bens supérfluos. Decretado este fim, todos terão o essencial para sua auto-realização, a princípio, o suficiente. O Planeta poderá se auto-regenear, pois findará a extração para fins egoístas de recursos minerais e vegetais. E na comunidade, se formos no âmago do que precisamos, é muito pouco. É só nos perguntarmos o que é necessário para que nosso corpo mantenha-se vivo.
– O fim da fabricação de armas e instrumentos bélicos. Partindo do princípio de que não há sentimento de posse, não haverá guerras e barreiras, portanto a única proteção necessária será a Fé na causa primária de todas as coisas: Deus.
– O fim do acúmulo de bens, o que consequentemente trará abundância para todos. De um ponto de vista mais aprofundado, só há falta de recursos materiais onde há grande acúmulo em certos pontos. Se as energias materiais circulam corretamente sem que haja retenção mais do que necessária, há harmonia em todo o sistema de circulação da energia material.
– Teremos mais tempo para amarmos uns aos outros. Nos olharemos mais nos olhos, sorriremos mais, não teremos objetos externos excessivos que roubem nossa atenção e tragam preocupação, pois não teremos sentimento de posse. A convivência humana próxima é essencial, e sentiremos mais de perto a necessidade de ter o outro e vê-lo como irmão. Despertaremos e trocaremos sentimentos mais nobres e não teremos conflitos por objetos mundanos. Tendo este outro foco, teremos mais tempo para estar junto à natureza, mais tempo para contemplar um nascer e por do sol, para oração, e estaremos mais próximos de Deus. Conversas transcendentais entre os seres humanos serão comuns.
– Simplificaremos todos nossos movimentos. Enxergaremos a natureza como nossa mãe verdadeira e teremos reverência por tudo que vive. Veremos o sagrado em tudo e em todos.
– A colaboração entre os povos, sem distinção de cor, raça, sexo ou hierarquia será fato. Cada um simplesmente compreenderá sua posição no mundo e universo, e simplesmente fará o que for necessário para viver a chance que lhe foi dada com gratidão. Deus destinou a cada um de nós tarefas num plano mais elevado, e teremos a grande oportunidade de cumpri-las na íntegra.
– A libertação. Libertando-se da dependência de centrar nossas vidas na busca da energia monetária, nos sentiremos mais leves, plenos e aptos, o que consequentemente atrairá saúde para nossos corpos e mentes. Os trabalhos de cura então poderão ser mais profundos e trabalhados num outro nível. Ter uma mente leve é a conseqüência de termos também uma consciência que está em consonância com princípios verdadeiros.
– Enxergaremos sem véus a essência de cada um. Todos serão como são, irradiando puramente a energia do amor. Poderemos expressar verdadeiramente o amor que somos, através das nossas ações para com o planeta.
Esta é a minha humilde colaboração advinda da minha percepção.
Amor e Luz a todos os seres.
Adriano
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